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NOTÍCIA
por Suzane Carvalho


J3 É ENTERRADO NO LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL DA FÁBRICA DA JAC MOTORS NO BRASIL



        Ontem foi fincada a Pedra Fundamental da fábrica da JAC Motors no Brasil. Como marco da cerimônia, um dos primeiros carros da marca a chegar ao Brasil, um J3 com 243.000 quilômetros rodados, foi enterrado em uma "Cápsula do Tempo".

        O presidente da JAC Motors Brasil, Sergio Habib, explica: "o simbolismo é o comprometimento de longo prazo da JAC Motors com o mercado brasileiro. Daqui a 20 anos todos pretendemos estar aqui (ou lá) para a retirada do carro, no terreno da fábrica ainda em funcionamento. Procuramos criar uma ação que simbolizasse essa conquista, que vai muito além de uma estratégia de negócios, mas sim um compromisso firme, maduro e perene da marca com o Brasil. A ideia da Cápsula do Tempo pareceu irresistível".

SÉRGIO HABIB, PRESIDENTE DA JAC MOTORS


        Diversos objetos foram colocados dentro do carro, inclusive computador e absorvente feminino. Foi colocada também uma caixa com mensagens escritas pelos visitantes do último Salão do Automóvel realizado em outubro, por internautas, por jornalistas e convidados que estavam no evento. Eu coloquei a minha mensagem lá e espero realmente que ela possa ser lida daqui a 20 anos quando o carro for desenterrado no dia 28 de novembro de 2032. Aliás, espero estar presente nesse momento também.


        Na cerimônia estiveram presentes também o Governador da Bahia, Jaques Wagner, o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel, o Prefeito de Camaçari, Luiz Carlos Caetano, o Presidente da JAC Motors da China, An Jing e o Embaixador Extraordinário da China no Brasil Li Jinzhang.


        COMPLEXO INDUSTRIAL DE CAMAÇARI, NA BAHIA
        Em uma área de 6 milhões e meio de metros quadrados começou a ser construído o Complexo Industrial da JAC Motors.
        Desde que resolveu trazer os carros da JAC Motors para o Brasil, Sergio Habib já tinha em mente a construção de uma fábrica em solo nacional, pois segundo ele, "se você quer vender 100.000 carros, tem que construir fábrica por causa dos altos custos de logística". Com as negociações políticas e jurídicas em andamento e terreno escolhido no município de Camaçari, 50 km distante de Salvador, na Bahia, Habib teve que tirar o pé do acelerador diante as constantes mudanças de regras do governo brasileiro para as vendas de carros importados ou "nacionalizados".


Jaques Wagner

        Explico: com medo da "invasão" de carros chineses e coreanos em nosso mercado, o que de fato nunca aconteceu, o governo sobretaxou de impostos os carros importados. E para evitar que construíssem aqui apenas "montadoras" de carros importados que chegariam desmontados mas que teriam quase que a totalidade de suas peças importadas, a regra para se considerar um carro brasileiro passou a exigir que no mínimo 65% das peças sejam fabricadas aqui.
        Com o novo regime automotivo anunciado em abril e que entrou em vigor mês passado, é possível reduzir o IPI dependendo dos investimentos realizados em "desenvolvimento tecnológico, inovação, segurança, proteção do meio ambiente, eficiência energética e qualidade dos veículos e autopeças" e aí se incluem as empresas que têm projeto de investimento aprovado para instalação no País.






An Jing, presidente da JAC na China e Li Jinzhang, embaixador no Brasil

        Daqui a dois anos deveremos ter o início da produção do primeiro carro brasileiro da JAC. Na verdade serão 3 modelos pequenos que utilizarão a mesma plataforma: um hatch, um sedã e um Cross, que muito provavelmente substituirão o J3 e o J3 Turin. Talvez o "Novo J3".

        Serão 600 mil metros quadrados de área construída, 3,5 mil postos diretos de trabalho e outros 10 mil indiretos. Fornecedores, sistemistas e fabricantes de máquinas e equipamentos e logística formarão um parque industrial ao lado da fábrica com aproximadamente outros 500 mil m2.


        Além da montadora propriamente dita, o complexo terá um centro de desenvolvimento de novas tecnologias, centro de estilo e design, laboratórios de acústica e controle de emissão de poluentes, pista de testes e centro de capacitação profissional e tem previsão para também produzir motores. "O custo de uma fábrica é de 500 milhões de dólares. O investimento total em Camaçari será de 600 milhões de dólares de um total de 900 milhões em todo o projeto" declarou Habib.
        Os fornecedores para a fábrica ainda não foram 100% definidos, e se você tem interesse, pode procurar pela http://www.jacmotorsbrasil.com.br.

        Com seus J3, J3 Turin e J6, a JAC Motors teve de janeiro a outubro de 2011 0,69% do mercado de automóveis no Brasil, vendendo 24.000 unidades. Este ano, mesmo com a chegada do J5, por causa do aumento do IPI, sua participação caiu para 0,53% e deverá fechar ano com 19.000 unidades vendidas. A meta para 2013 é chegar aos 25.000.

        Em sua apresentação para a imprensa, Habib quis comprovar que o carro no Brasil não é caro se comparado com outros produtos e fez comparações com os cinco maiores mercados automotivos do mundo: China, Estados Unidos, Japão, Brasil e Alemanha. É interessante observar: considerando que queremos comprar um Toyota Corolla, que é vendido nos 5 países, vejamos quanto ele custaria se a moeda fosse revista de carro, ou uma TV 42" ou uma calça Levis ou um Big Mac:


Estastísticas são utilizadas por Habib

 

TOYOTA COROLLA

REVISTA DE CARRO

TV LG LCD 42"

CALÇA LEVIS 501

BIG MAC

ALEMANHA

US$ 24,420

7.679

48

225

5.512

BRASIL

US$ 28,596

4.922

40

297

5.034

CHINA

US$ 22,465

14.041

40

319

9.207

USA

US$ 16,910

5.796

34

338

3.864

JAPÃO

US$ 16,230

1.526

23

119

4.064

  * quanto maior o número de produtos necessários para comprar um Corolla, quer dizer que esse produto é mais barato.


        Chegamos à conclusão de que na China é tudo mais barato e que no Brasil quase tudo é mais caro. Na China, um Big Mac custa US$ 2.44 enquanto que no Brasil custa US$ 5.68. Uma revista de carros no China custa US 1.60 enquanto que no Brasil custa US $ 5.81. Sem falar que nossa logística é uma das mais caras do mundo.



        TRABALHO SOCIAL Um belo trabalho social é feito por Habib que tem o Instituto SHC. Em Trancoso, mantém berçário, creche e escola para 1.300 crianças (mais de 75% do total local) em sistema integral.
        As crianças entre 11 e 16 anos que constituem uma orquestra de cordas tocaram no encerramento da Pedra Fundamental da fábrica. É interessante conhecer o projeto. Veja aqui: http://www.institutoshc.org.br/home.asp
        O mesmo projeto será realizado em Camaçari, inicialmente para outras 1.000 crianças.

        A Lei de incentivo cultural hoje existente no país permite que esse tipo de investimento seja feito sem que haja ônus para a empresa. Inclusive VOCÊ, pode dar parte do que desconta de Imposto de Renda para a Cultura e outra parte para o Esporte.




Wagner e Pimentel

Pimentel, Habib e Wagner

Cápsula do Tempo

Chineses comemoram em restaurante japonês

Fernando Pimentel

Li Jinzhang

An Jing

Luiz Carlos Caetano

Minha mensagem para 2032


27 de novembro de 2012


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