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CRÔNICA
por Suzane Carvalho

O AUTOMOBILISMO COMO ESPORTE DE FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO



        Costumeiramente considerado “esporte de rico”, o automobilismo é na verdade um dos esportes mais completos e eficientes para a formação e educação do indivíduo de qualquer idade.

        Muito mais do que as categorias “top” Fórmula 1 e Fórmula Indy, no esporte motor existem diversas categorias de “corrida de carro”.

              


      No Brasil por exemplo, temos mais de 9.000 pilotos que competem em provas oficiais como Rally, Arrancada, Velocidade em pista aberta ou circuito fechado, e Kart. Pilotos com idades que variam entre 06 e 80 anos, e que para competir, passaram por escolas de pilotagem adquirindo conhecimentos técnicos e desportivos para a modalidade a qual irão participar.

      Segundo a CBA (Confederação Brasileira de Automoblismo), esses pilotos, que possuem carteira-licença FIA (Federação Internacional de Automobilismo) estão aptos a competir a nível regional, nacional ou internacional.


        Muito mais do que apenas uma “corrida de carro”, o automobilismo é um esporte onde se desenvolve o reflexo, o raciocínio, concentração, sensibilidade, e, principalmente, a competitividade, pois não é possível alguém ficar “enrolando” na pista, como pode ficar em campo em esportes como vôlei e futebol. Nesses, assim como no tênis, um indivíduo já entra em campo com, teoricamente, 50% de chances de vitória. No automobilismo, se tivermos 30 pilotos no grid, essa probabilidade cai para aproximadamente 3%. Algo bem mais parecido com a competitividade do mercado de trabalho e com a luta por uma vaga na faculdade. Em algumas corridas de longa duração, o número de pilotos inscritos chega a 350. Apenas 1 fará a pole-position e a volta mais rápida da corrida. Uma probabilidade teórica de 0,28%.




              


        E para alcançar tal feito, é preciso organização e disciplina, predicados incurtidos no praticante do automobilismo desde seu início. Se um piloto chegar 5 minutos atrasado, simplesmente perde uma classificação para o grid de largada de uma corrida, que muitas vezes dura apenas 5 minutos.

        Para alcançar tal feito, é preciso também muito trabalho. Tanto em equipe, quanto individual, pois na pista é preciso ter atitudes decisivas. A dúvida não tem lugar na hora de uma disputa de posição.



        Estimulando e despertando a competitividade de forma saudável e em ambiente familiar, o indivíduo se torna uma pessoa mais segura e suscetível a respeitar regras e a convivência em grupo.

        A disciplina com a alimentação, horas de sono e treinamento físico são fundamentais para que um piloto se saia vitorioso. É inevitável o cansaço se esses pontos não forem respeitados.

        A tecnologia e o desenvolvimento estão presentes em cada detalhe, e a busca da melhora da performance a cada curva, faz com que estejamos sempre a buscar novas soluções, incentivando a criatividade.

        KART NÃO É COISA SÓ DE CRIANÇA

        A re-educação de motoristas experientes e o aprendizado do domínio e controle de um carro em situações extremas tornam qualquer pessoa mais apta a se desviar de um provável acidente nas ruas.



        Todos os adultos que tive como alunos, sem excessão, disseram ter melhorado como motoristas na rua. Eu mesma sou exemplo, pois depois que comecei a competir virei uma motorista exemplar. Colocando o espírito de competitividade e a adrenalina para fora nas pistas, nas ruas me tornei cordial, afinal, o espaço das ruas é para ser compartilhado, e não disputado.

        No automobilismo existem categorias para todas as idades, inclusive no kart. Eu sentei pela primeira vez em um, aos 25 anos de idade, e me tornei Campeã Brasileira no mesmo ano. Isso só depende de dedicação e vontade.

        A melhor porta de entrada para o automobilismo é um bom aprendizado em alguma escola de pilotagem. Se sua cidade não tem uma, procure o kartódromo mais próximo, nem que seja na cidade vizinha. Vá lá e simplesmente pergunte o que fazer para começar a praticar.

        NÃO HÁ IDADE PARA SE COMEÇAR NO AUTOMOBILISMO

        Após ter lançado o projeto Piloto Cidadão, em que 600 crianças de escolas públicas estão tendo acesso a aulas de pilotagem de Kart e mecânica, estou desenvolvendo o projeto Piloto da 3ª Idade, e a fila de espera já está enorme. Além do trabalho físico e mental, a motivação é um dos principais fatores para manter a saúde dos praticantes do esporte.




        Pedro Mufato, piloto de Cascavel no Paraná, tem 68 anos de idade e está nas pistas há 44. Pessoa atuante e influente no automobilismo brasileiro, já passou por diversas categorias e hoje compete no Campeonato Brasileiro de Fórmula Truck. No momento, o que ele considera mais importante, é a motivação para manter-se fisicamente bem e cuidar da saúde.

        Jaime Drummond, piloto de São Paulo, tem 61 anos e começou a correr de kart aos 55. Diz que demorou a começar a correr por não ter condições financeiras antes, e não pensa em correr em outra categoria senão no kart. Além do gosto pela velocidade, diz que o kartismo é importante como higiene mental e para trabalhar a concentração.


      Nas próximas edições falarei do AUTOMOBILISMO COMO GERAÇÃO DE EMPREGOS e O AUTOMOBILISMO COMO NEGÓCIO.

      Até breve!





      Única mulher no mundo a ter conquistado um título de Campeã de Fórmula 3, SUZANE CARVALHO é proprietária de um Centro de Treinamento de Pilotos onde ministra aulas de pilotagem de competição e Direção Defensiva/Evasiva, além de autora do livro “Curso de Pilotagem de Kart – Pilotando e Acertando um Kart”  e colaboradora do Jornal do Brasil.


Para a Revista 100 MIlhas - Maio de 2010

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